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Finep investirá até R$ 30 milhões em startups

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A Finep lançou nesta segunda-feira, 7, a segunda rodada do edital de 2018 do programa Finep Startup, que tem como objetivo alavancar empresas de base tecnológica em fase final de desenvolvimento de produto ou que precisem ganhar escala de produção, com viabilidade comercial comprovada. 

O limite de recursos totais desta rodada é de R$ 30 milhões para 30 startups.

O período para envio de propostas fica aberto até o dia 28 de fevereiro.

A financiadora vai investir até R$ 1 milhão em cada uma das empresas selecionadas, que ainda poderão receber no futuro um novo aporte de até R$ 1 milhão, conforme a evolução do plano de negócios. 

Além disso, a Finep vai aportar conhecimento e recursos financeiros via participação no capital de empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. 

As startups concorrentes precisam ter protótipo MVP (Produto Viável Mínimo, em português), prova de conceito ou, preferencialmente, já estarem realizando as primeiras vendas.

O processo de seleção será composto por três etapas: avaliação de plano de negócios (eliminatória e classificatória); banca avaliadora presencial (eliminatória e classificatória); e visita técnica e avaliação de documentação jurídica (eliminatória). O resultado final está previsto para julho.

Serão selecionadas startups que atuam nas áreas: agritech, cidades inteligentes e sustentáveis, construtech, economia circular, defesa, economia criativa – jogos eletrônicos, educação, energia, fintech/insurtech, healthtech, mineração, óleo & gás, química e materiais bio-baseados. 

Também podem concorrer empresas que desenvolvam soluções nas seguintes tecnologias habilitadoras: biotecnologia, blockchain, inteligência artificial, internet das coisas (IoT), manufatura avançada, microeletrônica, nanotecnologia e realidade aumentada, realidade virtual e realidade mista.

O Finep Startup surgiu para preencher a lacuna entre o primeiro investimento que uma startup recebe – em torno de R$ 100 mil e realizado, por exemplo, por investidores-anjo – e o aporte feito por meio de um Fundo de Seed Capital – em torno de R$ 3 milhões –, dependendo do grau de maturidade da empresa.

O investimento acontecerá por meio de contrato de opção de compra de ações. Esse tipo de contrato transforma a investidora (Finep) em uma potencial acionista da empresa. 

A opção de se tornar ou não sócia da startup terá prazo total de vencimento de até três anos, podendo ser prorrogado por mais dois. 

Se a empresa for bem-sucedida, a Finep pode exercer essa opção. Se a empresa fracassar, a financiadora não arca com o passivo. O modelo é inspirado em programas de outros países, particularmente os Estados Unidos, mas incorporou novidades. A avaliação da empresa (valuation), por exemplo, não será feita na entrada do programa.

A Finep, no entanto, não pretende tornar as startups brasileiras dependentes de recursos públicos. 

Por isso, criou um mecanismo para estimular o empreendedor a buscar investimento privado: serão priorizadas empresas que forem aportadas por investidores-anjo. 

Assim, a startup que se inscrever no edital com uma carta de compromisso de um investidor-anjo ganhará pontos na seleção. A quantidade de pontos obtidos dependerá do valor do investimento privado, cujo valor mínimo é de R$ 50 mil. 

Com o aporte mínimo para o seu negócio, a proponente garante 1 ponto, podendo chegar a 5 pontos no máximo. Ao todo, são 20 pontos possíveis: 15 da avaliação da proposta de valor da startup e 5 obtidos caso ela receba investimentos privados de R$ 250 mil ou mais.

O investidor-anjo que se comprometer a investir na empresa selecionada pelo edital receberá parte do retorno da Finep (que exceder IPCA + 10), com o objetivo de ampliar seu engajamento com o sucesso da empresa. Esse percentual será proporcional à participação do anjo na rodada de investimento.

Por Baguete.

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