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Ministério lança chamada de R$ 36 milhões para defensivos sustentáveis e fertilizantes

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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a FINEP, empresa pública da pasta, lançaram, na última quarta-feira (15) uma seleção pública que vai investir R$ 36 milhões em inovação para defensivos agrícolas sustentáveis, bioinsumos e fertilizantes. Os recursos vêm do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e fazem parte de uma estratégia alinhada ao CT Agro, fundo setorial vinculado ao FNDCT para o Agronegócio.        

A expectativa é escolher projetos estratégicos de empresas para ampliar as opções de nutrição de plantas e controle e manejo fitossanitário no país a partir de produtos de baixo impacto ao meio ambiente e de baixo risco à saúde humana.

Poderão participar empresas brasileiras de qualquer porte, individualmente ou em conjunto que possuam comprovada experiência na produção de insumos agrícolas. O valor de subvenção econômica terá o recurso de R$ 2 milhões a R$ 4 milhões por projeto.    

“Essa foi uma demanda dos colegas do Ministério da Agricultura, junto com o nosso secretário de Pesquisa e Formação Científica, Marcelo Morales. Estamos falando de um segmento estratégico que tem impacto muito forte na bioeconomia”, declarou o ministro da Ciência Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim.

Participando de maneira remota, o secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, destacou que o lançamento da chamada pública é uma resposta do governo federal. “Existem enormes desafios que precisamos vencer no país no setor de fertilizantes, nutrição de plantas e defensivos agrícolas. A produção nacional de fertilizantes é historicamente muito inferior a demanda interna. O grande desafio a ser superado com a ajuda de uma estratégia robusta de pesquisa, desenvolvimento e inovação vai ser reduzir a dependência externa por fertilizantes” declarou Morales, que explicou a receita para o país não ser dependente da exportação de fertilizantes.

“Para alcançar esse objetivo é necessário ampliar o investimento de CT&I e fomentar a criação de programas integrados para sustentar a capacidade competitiva. E também garantir a liderança do agronegócio brasileiro por meio do aumento de eficiência do uso de fertilizantes e consequentemente a diminuição de sua participação nos custos de produção agropecuária”, avaliou.

O coordenador-geral de Mecanização, Novas Tecnologias e Recursos Genéticos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Alessandro Cruvinel, exaltou o Programa Nacional de Bioinsumos do MAPA, que está completando dois anos. “É um programa recente, mas o Brasil já está se posicionando de maneira muito estratégica neste segmento. O uso de bioinsumos tem crescido de maneira impressionante no país, uma taxa acima de 40%. Para se ter uma ideia, no segmento de proteção de plantas, 5% do que é usado nas lavouras já é vem do Bioinsumo e com crescimento em expansão. Isso tem chamado a atenção do mundo inteiro. Com iniciativas como essa chamada o Brasil sai na frente na estruturação e desenvolvimento do setor”, finalizou.       

Bioinsumos

Os bioinsumos são produtos, processos ou tecnologias de origem vegetal, animal ou microbiana, destinados ao uso na produção, no armazenamento e no beneficiamento de produtos agropecuários, nos sistemas de produção aquáticos ou de florestas plantadas, que interfiram positivamente no crescimento, no desenvolvimento e no mecanismo de resposta de animais, de plantas, de microrganismos e de substâncias derivadas e que interajam com os produtos e os processos físico-químicos e biológicos.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações

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