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Programa do governo federal vai destinar R$ 2 bilhões para alavancar produtividade da indústria

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O programa Brasil Mais Produtivo traz parcerias com instituições em nome da transformação digital de micro, pequenas e médias indústrias nacionais. Serão destinados R$ 2,037 bilhões para engajamento de 200 mil empresas, das quais 93,1 mil devem receber atendimento direto.

A iniciativa é coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O processo de maturidade digital envolve várias etapas e a expectativa é de que ao menos 8,2 mil empresas alcancem a chamada fronteira tecnológica.

A proposta prevê a instalação de sensores digitais na linha de produção, interligação de sistemas por computadores em nuvem, utilização de Big Datas, internet das coisas (IoT), impressão 3D e inteligência artificial.

O MDIC trouxe novos parceiros para o programa, entre eles as instituições financiadoras como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Do total, R$ 200 milhões vêm da Finep.

Permanecem como facilitadores a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Sebrae e o Senai. Os dois últimos são executores e têm aporte de recursos próprios. Fazem parte do programa os Ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.

Durante o evento, o vice-presidente da República e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que a iniciativa vai melhorar a produtividade e competitividade da indústria nacional.

“Nós temos de ter humildade de reconhecer que o Brasil, há 40 anos, perde produtividade e precisamos agir na causa dos problemas para ter um crescimento econômico forte, sustentável, que gere emprego e renda para a população. O novo Brasil Mais Produtivo procura, de maneira objetiva, [estabelecer] diagnóstico, prognóstico e tratamento às empresas”, disse.

Segundo o ministro, os financiamentos serão pela Taxa Referencial (TR), com juros de menos de 4% ao ano.

Na ocasião, a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, lembrou a importância da articulação do governo: “Países desenvolvidos, com forte produção científica e tecnológica, só alcançaram esse patamar porque tiveram consistente estímulo de Estado, com políticas públicas para fomentar a inovação na indústria, que precisa ser sistêmica”.

Programa

O Brasil Mais Produtivo existe desde 2016. Enquanto o Sebrae presta consultorias ao setor de comércio e serviços, o Senai atende a indústria.

Segundo o governo, na nova configuração, as unidades do Senai e Sebrae vão atuar de forma coordenada para identificar as melhores metodologias, com técnicas para promoção de manufatura enxuta e eficiência energética, também adoção de práticas de produtividade e digitalização da gestão do negócio.

O primeiro passo da transformação digital é o diagnóstico de maturidade para adoção de tecnologias industriais inteligentes. Na sequência, é a fase de elaboração de um projeto customizado, a solução de financiamento e o acompanhamento da implantação.

As empresas interessadas devem consultar o site da ABDI para direcionamento às modalidades do programa e parceiros. O Senai desenvolveu uma plataforma digital com materiais, cursos e ferramentas destinados à indústria.

Fonte: Exame

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